Era uma vez, uma menina triste.
Ela vivia perdida no alto de um castelo de solidão que ela criara para se isolar daquele mundo estranho, distante, vazio.
Um belo dia, porém, ela conheceu o amor... e viu que era bom.
E construiu, para seu amor, um novo castelo repleto de alegrias, flores e imaginação.
E o via fortaleza, firme e forte. Feliz.
Para verão e para inverno ela imaginara carinho, conforto, dedicação.
E assim o fez...
E para sempre.
Mas, no 'para sempre' o castelo ruiu.
Sumiu.
E ela ruiu junto.
E sofreu.
Na projeção daquele amor reergueu.
E viveu.
E sorriu.
Até que se percebeu como sempre estivera: só.
Percebeu que a estrada de seu castelo tinha mão única.
Não tinha mão!
E ela, na verdade, não tinha nada.
E então, ela choveu, sofreu...
E morreu de tanto sofrimento.
E reviveu, choveu, sofreu e morreu.
De novo, e mais uma e outra vez.
Tantas vezes morreu, e choveu, que aprendeu a se enxergar morte, chuva, pó.
Até que um dia, sem mais imaginar, envolto em uma armadura brilhante e empunhando uma bela espada que reluzia a luz do sol... (ops, esta é a história do Ivan!).
Voltando...
Até que um dia, perdida ao som de um sorriso, ela imaginou ter visto um raminho.
E, em completo absurdo, rabiscou um castelo de 5 ou 6 retas.
Correu, apagou.
Sabia que flores não duram, que castelos caem, que as vias são sempre de mão única.
E partiu.
Quebrou-se.
Choveu. Morreu. Reviveu para morrer e chover inúmeras vezes...
Sofreu.
E mais um sorriso.
E um carinho.
E sofria.
Outro sorriso, outro carinho,
mais uma palavra.
E morria.
Sorria assim, brincava lá, sonhava aqui.
E chovia.
E ela percebeu que aquilo doía.
Doía como ácido na pele ferida.
Marcava a ferro, destruía, penava.
Ela sabia que flores murcham, que castelos caem e amores não existem.
E ela pisou com todas as forças naquele incipiente jardim.
Ela acordava, sonhava, sorria, e pisoteava.
Todos os dias, exceto um.
E, neste dia, pensou que sentia falta de revidar aquela dor...
Não, não sentia.
Sentia a falta daquele sorriso, daquela voz, daquele carinho.
E olhou para trás, pé no chão, para rever todas as ruínas, as tragédias, as batalhas, as dores.
E não viu mais nada...
E lhe bastava um dia.
Um sorriso.
Um momento.
Uma vida.
E não projetou castelos,
E não buscou títulos,
E não batalhou,
E não morreu.
E viu que era feliz
"só por hoje"
ali, naquele sorriso.
.
.
(Texto original de 2012)
"...Choro por ele porque, todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens, eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza refletida”
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023
Puro B.O.!
Vou nem dizer QUE NÃO ME AVISEI!!!
Bem, eu já sabia que "algo de errado não estava certo" naquela sexta-feira 13 de Janeiro... Mas, no lugar de sair pra caçar gatos-pretos ou gatos-pardos, resolvi trazer pro Whats uma gata matreira... 😱❤️🤗
Que o universo tenha pena de minh'alma... Ou da dela!!!
🤣🤣🤣🤣😜😈
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