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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Rotina

Me coma com os olhos.
Sinta-me nas pontas de seus dedos.
Toque-me os cabelos.
Me faça mulher.

Atice minhas vontades pela manhã.
Permita-me querer, te querer.
Me transforme em fogo.
E vá. Simplesmente vá.

Quando cair a noite, desfrute-me.
Desfrute-me o tempo todo.
Toda a sua espera.
E volte. Volte sempre. Do mesmo jeito.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Abdução

Se fui abduzida não sei, se foi sonho, me respondam vocês. Só sei o que me aconteceu, em realidade ou não. Uma figura feminina, que trazia uma cruz no peito e me dizia viver em razão do amor de Cristo, fez votos de castidade, de pobreza e de servir aos pobres. Este ser me convidou para abraçar sua causa: cuidar de crianças em um abrigo. Crianças abandonadas, vítimas de abuso e de maus tratos: “Precisamos de pessoas que saibam amar”. E me falou tanto de amor que senti vontade de me entregar a esta missão. Fui, com a cara e a coragem. E acreditava que tinha amor no coração.

Dezoito crianças moravam ali. Cada uma com uma história que se entrelaçou à minha. Cada rostinho, cada mãozinha, cada pessoinha daquela me pedia o tão falado amor. Muito intenso, muito profundo. Poucos dias que me fizeram acreditar que eram anos. Não havia brinquedos pela casa, porque em nome do amor, não podiam bagunçar a casa. O bebê de nove meses passava todo o dia amarrado ao carrinho. Não podia ir para o tapete se exercitar porque em nome do amor, bagunçaria a casa. 

Não se tratava a uma criança dessas com olhos nos olhos, com carinho e respeito, porque em nome do amor, a severidade é que mantém o controle. Tudo obrigatório, entre gritos e solavancos. Por que é assim que se aprende a amar. Em nome do amor, se aplica castigos severos, controla a comida, manda uma criança de quatros anos limpar o próprio vômito. É assim que se ama. A brinquedoteca, muito bem equipada com as doações, fica abandonada. Não se pode brincar. Criança tem que ficar sob pressão. É assim que se educa.

Sim, eu questionei. E aquela mesma figura me disse: “Não vá pela psicologia, porque esta prioriza a criança. Aqui a prioridade é a casa em ordem para receber aos que têm condições econômicas de ajudar a instituição”. “Não os leve para brincar porque vão ficar muito agitados e você vai perder o controle”. “Se você perceber que alguma criança aqui é capaz de denunciar o que acontece aqui, lhe castigue. Proíba as visitas. Tranque-a só na casa ou a deixe a noite lá fora”.

As crianças me pediam para ficar e me perguntavam se tudo mudaria. Eu quis ficar, eu quis mudar. Mas me faltou esse amor que não compreendo. 

Se esse texto estivesse escrito em um papel, eu pediria a vocês que o rasgasse em mil pedaços e o jogassem no lixo úmido. Porque um papel que carrega tatuado em si um texto de quem não sabe amar não merece ser reciclado. Deletem-me, ignorem-me, denunciem-me, por favor! Façam uma fogueira bem grande para queimar o meu corpo insano e libertar o meu espírito mundano. 

Aos que conhecem esse amor que não compreendo peço um favor: orem por mim, me exorcizem, me convertam! Porque a minha alma está inquieta e o meu coração sangrando. Porque eu não vou à igreja, não me sinto bem porque dou esmolas aos pobres, não carrego as migalhas da farta mesa de Natal para os moradores de rua. Por favor, me exorcizem porque não consigo ver a Cristo nessas atitudes e muitas vezes, indignada peço a Ele: Por favor, Jesus, mude seu nome, porque não quero ser cristã.  
Rosi Santiago.

[http://www.facebook.com/photo.php?fbid=466963113317486&set=a.176349932378807.53837.100000114040606&type=1]
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quinta-feira, 8 de março de 2012

Noir



"Ei, qual´é?"
Ele disse em miauês.

E aquele rabo preto, pontinha aleijada, passeava pra lá e pra cá.
"Você fala cachorrês? Converse com o Gordo. Eu só quero dormir!"

Ele sabia que não era verdade.

E eu ganhei uma mordiscadela na batata da perna, depois um tapinha no joelho vindo por trás.
E fui obrigada a ver aquela bundinha seca, preta, de um gato que deveria ser caseiro, gordo, correndo de uma forma balançante.

Sentei no sofá.
Ele voltou. Sentou-se no tapete. Deu-me um beijo de língua de lixa.
Assim são os gatos.

Ele só me queria dizer que me ama e que estaria lá ainda que eu não pudesse - ou que ele não pudesse - entender o que eu digo.

E eu não disse.
Só lhe fiz um carinho.

Ele queria mais.
Subiu no braço do sofá tão logo dediquei aquela mão a um copo...

Ganhei outra mordiscadela.
(Se é que essa palavra existe em mineirês!)
E ele deixou claro o que queria dizer:
"Ei Cris, dar um carinho conforta mais do que receber..."

Tentarei lembrar-me disso.
Em miauês, pelo menos...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

RESPEITO




Se tem uma coisa de que não gosto é do tal do preconceito. Outra é a discriminação. Preconceituoso é aquele que escolheu ignorar. Aquele que discrimina optou por segregar.

Não critico os (ou a falta de) deuses de ninguém...
Não critico a sexualidade de ninguém...
Não critico a música que serve aos ouvidos de ninguém...

Se você não me serve, não convivo contigo.
Não critico, não recrimino.
Simplesmente te largo. Vivo, e deixo viver... Vá...

Adoraria ver um jogo de futebol, em um estádio bem grande.
Temo pela minha segurança mesmo sabendo que nem todos os torcedores agem como animais. Não vou.

Levava meu filho a todas as paradas gay das cidades em que estivéssemos no momento. Adorava a festa, a proposta.
Um dia vi um rapaz quase nu e uma moça com os seios de fora> Não gostei. Nunca mais levei. Nem fui.
E também não assisto desfiles de carnaval... acho o despudor uma coisa medonha!

Adoro jukebox de boteco.
Quando começam a tocar funk ou sertanojo, fecho a conta e vou beber em casa.
Eu tive o direito de ouvir todas as MINHAS boas músicas dos anos 80 e 90, certo?
Então, todos podem fazer o mesmo... fui...

Acho que banco de praça não foi criado para "pré-sexo".
Já acho absurdo o famoso "desentupidor-de-pia" em público, qualquer que seja o local, qualquer que seja o casal. Saio de perto... acho deselegante.

Se você me desejar a companhia de seu Deus, responderei um "amém" de todo o coração.
E talvez eu vá a um culto, missa ou reunião por carinho a você. Mas, não ache que pode me obrigar a temer o que não temo ou a enxergar o que não vejo...

Respeito.
Tente você também.
É mais simples do que parece: basta se preocupar com sua vida. Unicamente.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Machado cego

Cega.

Não vi.

Ou não poderia?
(...)

Machado era branco?
Não vi.

Veria?
De...veria?

Branco pareceu (aPareceu!).


Não vejo cores.
Vejo pessoas.

Defeito meu!?!


Para saber mais:
http://papodebuteco.net/caixa-novo-comercial-com-machado-de-assis-negro
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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mutatis mutandis

Hoje sofri muito para escolher entre o que eu queria fazer e o que era "o certo a se fazer".
Pra variar, escolhi o 'certo'.
Droga!

Sei que, ao final da vida, farei parte dos que se arrependeram:
http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1046241-veja-os-cinco-maiores-arrependimentos-daqueles-que-estao-para-morrer.shtml

Aff!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O RESPEITO ao próximo e o significado de GENTILEZA



Pessoa crítica que sou, hoje foi dia!
Já aprendi a não falar, a deixar a cena se desenrolar e usar o blog, mas hoje quase caí em tentação.

Imaginem a cena:

__ Irmã, irmã, tudo bem irmã?
__ Oi, irmão, tudo. Só um momento que vou organizar as coisas aqui pra comprar a passagem.
(...minutos se passam).
__ Ô mocinha bênção de Deus, cadê sua mãe?
__ Ela está ali, ajeitando as bolsas na fila. Eu vou comprar as passagens
(...o sujeito é, agora, o segundo de uma fila quilométrica e a adolescente de seus 13 anos, a décima)
__ Me dá aqui. Eu compro para vocês. Ô irmã, eu compro - grita o bonito para a "irmã". 
__ Precisa não, irmão, a menina compra.
__ Ô irmã, tô na frente, compro. Afinal, nós somos irmãos em Cristo.

Você ali, de pé por quase meia hora, depois de ter passado manhã inteira e parte da tarde trabalhando loucamente e esperando para comprar passagem, embarcar, preparar-se para trabalhar durante o trajeto  que faz para fechar o dia trabalhando em uma outra cidade e o bonito tira uma mocinha da fila para botar na sua frente!

Bom, este é o menor dos problemas.
Para mim, na verdade, o que chamou a atenção foi a idéia de "irmãos" que nosso protagonista tem.

Nada contra uma pessoa querer ajudar outra, especialmente uma conhecida.
O que incomoda é ele não pensar no fato de que a suposta ajuda dele é, na verdade, uma atitude coletiva.
Sim, coletiva! Eu e as demais pessoas da fila pagamos o preço da demora. E ele nem nos considera irmãos!

Se eu estiver enganada e ele tiver pensado no coletivo, pior ainda: Desrespeitou meu direito sagrado (e dos demais) de dizer "não".

Ôpa, eu sou gentil! Não me vejam de forma equivocada.

Só que fico pensando um monte de coisas quando este tipo de atitude ocorre.
Pensem comigo:

1. Partindo do mesmo pressuposto do sujeito benfeitor da fila, eu posso parar o carro em fila dupla no momento em que eu entender necessário deixar aquele conhecido na porta de seu local de trabalho. E daí a opinião dos demais que ficaram parados atrás de mim, esperando?

2. Posso, ainda, segurar o caixa do supermercado enquanto vou buscar para minha vizinha, ao telefone, aquela meia dúzia de itens que ela acaba de encomendar. E daí se o povo atrás já está nos cascos por estar de pé esperando depois de andar todo supermercado atrás das coisas  que os repositores mudam de lugar?

3. Já que quem faz gentileza para outros pode também fazer para si, me seria garantido, sem dúvida, o atendimento na manicure ainda que eu chegue meia hora atrasada. Qual o problema das próximas clientes terem que esperar, cada uma, todos os minutos do meu atraso?

Nossa! Eu sou mesmo um monstro!
Esqueçam tudo o que eu disse e 'bóra' ser gentil, gente!
Que importa que os demais esperem???
Basta que eles se enquadrem no conceito de gentileza de nosso protagonista e sejam gentis também, certo?
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Entre o cristão e o ateu.

Corujinha, não poderia deixar o hábito de trabalhar durante as madrugadas.
Ontem, ainda que atraída por um filme sobre uma dona intrigante, não pude deixar de cutucar meu fiel companheiro, o controle remoto.

Zapeando pelos canais, eis que descubro, na Globo, um filme que já vi e revi, e que ainda me chama a atenção: Cidade de Deus.

Não sei se porque o lugar me reporta algo de infância... (passei meus primeiros anos de vida em uma favela-baixa como aquela, no Rio de Janeiro).
Ou se porque as locações do filme exibem um preconceito interessante: nem toda favela fica em morro, nem todo local plano é seguro...
Ou se porque, apesar de ter ficado triste com minha mãe durante anos por ter-me tirado a possibilidade de estudar na UERJ, hoje só tenho a agradecer.

Não gosto de Governador Valadares.
Na primeira oportunidade, fui de lá para BH.
Na segunda, vim para Vitória e aqui me fixei.
Mas, tenho que reconhecer que ter sido criada nas ruas calmas de Valadares foi de importância ímpar para meu crescimento, ainda que eu apanhasse na escola.

Bem, este post não é sobre uma cidade, ou sobre minha mãe, ou sobre minha vida acadêmica.

Este post é sobre Deus.
Geralmente, deixo o tema 'Deus' para minhas aulas de Filosofia e confesso que, neste semestre passado, ele foi muito 'incomodado' em sala: uma turminha de calouros muito motivada conseguiu diferenciar bem o Divino do religioso. As aulas foram maravilhosas...

Voltando a Deus e ao Cidade de Deus, gostaria de dizer que, ontem, revi uma cena que não havia, antes, percebido.

Armas de grosso calibre em punho, corpos suados da correria pela favela atrás dos rivais, o grupo do Zé Pequeno se juntou e orou. Em círculo, como eu costumava ver nos grupos de teatro, eles rezaram o 'Pai Nosso' pedindo a Deus força para aniquilar os inimigos e tomar a 'boca' do Cenoura.

Daí em diante, confesso que não vi mais nada até que o intervalo me acordasse do transe: Eles matavam, roubavam, estupravam, aliciavam crianças, destruíam famílias pelas perdas e pelas drogas e, ainda assim, acreditavam em Deus.

Bem, acreditar talvez não seja a melhor palavra...
Mas, o fato é que, numa entrevista de emprego, aquele traficante (uma vez travestido de bonzinho) que se dissesse temente a Deus, correria o risco de conseguir o posto, ao passo que um pai de família, responsável, educado e respeitador que se dissesse ateu, correria o mesmo risco de ser sumariamente desclassificado.

Fiquei pensando no quanto somos fúteis e ignorantes.
Fúteis por valorizarmos mais o que se diz do que o que se faz, exatamente em contraponto ao que se extrai da própria Bíblia.
Ignorantes por preferirmos nos apegar a aparências do que buscar os fatos.

De 10 pessoas que conheço e que se dizem tementes a Deus, uma é realmente cristã.
Mas, todos os ateus que conheço são retos e justos.
(Preciso dizer que não conheço tantos que se dizem ateus quanto que se dizem cristãos e que conheço muitos que não dizem nada para não se comprometerem com a língua das pessoas...)

É o velho preconceito.

Quem não entende que cor não representa caráter vai pensar que todo preto é ladrão e todo índio é preguiçoso.

Quem não entende que o que acontece entre quatro paredes não representa retidão, vai apontar todo e qualquer gay/lésbica como leviano.

Quem não entende o que se passa pelo coração de uma pessoa durante um culto não é capaz de respeitar a manifestação de crença.

Quem não entende que o fato de não crer na existência de Deus não torna ninguém, automaticamente, um pecador ou criminoso, não respeitará o ser humano que manifesta tal descrença.

Temos o hábito de rechaçar pessoas e coisas sem pensarmos a respeito daquilo que se apresenta diante de nossos olhos.
Na maioria das vezes, vejo pessoas dizendo "credo, fulano não acredita em Deus!" como quem diz "não gosto de pêra, nunca comi". Fico imaginando o que se passa pela cabeça de tais pessoas, se é que passa...

Será que uma pessoa que se sente mal na companhia de um ateu já parou para pensar que, talvez, ele represente uma 'ameaça' muito menor do que aquele que se diz cristão?

Será todos os que se dizem cristãos entendem que a atitude de "credo!" não é uma atitude cristã?

Para mim, sinceramente, mais vale um ateu à mesa do que um crente* com AR-15 na mão.
"Não amemos de palavras nem de línguamas por ações e em verdade"(1Jo 3, 17-18)

{Gostaria de dizer que tenho alunos, amigos e familiares Testemunhas, Adventistas, Quadrangulares, Católicos-de-verdade (e não somente aqueles que só fazem número para o IBGE), Budistas, Espíritas... e que reconheço, em muitos, aquilo que entendo como cristandade. Este post, portanto, não se direciona a eles.}

* Emprego a palavra em seu significado mais simples, ou seja, "aquele que crê", e não como 'sinônimo' de "evangélico", estes que reconheço e respeito muito.

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Difícil viver sem...

Eu sou uma pessoa apaixonada.
Difícil viver sem paixão.
É, para mim, como viver sem sentido, sem ar.

Não sei fazer nada que não seja por paixão.
Paixão me motiva, me alegra, me faz viver!

No meu trabalho, paixão é fundamental.
Advogo por paixão.
Leciono por paixão.
E não poderia ser diferente...

Relatar e fundamentar uma idéia ofertada por um dos meus momentos 'De Masi' de ócio, não tem preço, especialmente quando percebo que é esta idéia que 'salvará' um determinado procedimento.
Não é trabalhar com 'brechas', é trabalhar com informações!

Experimentar o carinho de meus alunos me é tão especial quanto.
Não por ser um carinho - algo, por si, já bem especial - mas, por saber que este carinho representa, também,  uma boa dose de interesse recém-despertado pela disciplina que leciono.

Receber retorno positivo de um colega de equipe, ouvi-lo/a dizer que se sente seguro, amparado, ainda que diante de um problemão, é maravilhoso.
Adoro equipe. Equipes nos fazem crescer, nos permitem trabalhar e divulgar informações antes fragmentadas... E, conforme as peças se encaixam, impossível não se sentir como parte de algo muito especial...

E as pessoas ainda me perguntam o porquê de trabalhar tanto!?
Trabalho porque é bom!
É divertido!
É especial!
É apaixonante...

[Ainda que não tenha falado diretamente sobre eles, gostaria de dizer que os 'musos' inspiradores deste post são meus alunos de 4º período da Unipac. Hoje, tivemos nosso primeiro dia de aula do semestre, com apresentação do planejamento, discussão a respeito dos formatos das avaliações e projetos interdisciplinares que trabalharemos. INCRÍVEL é a palavra que melhor descreveria nosso reencontro... apaixonante... ]

sábado, 30 de julho de 2011

Yúdice

Não sei como ele é.
Mas, sei quem é.
E sei que ele gosta de escrever.

Também adoro escrever.
Mas, entre escrever e ler o Yúdice, leio o Yúdice.
Ao contrário desta aqui, ele nunca culpa a falta de tempo para não fazê-lo.
Yúdice escreve, escreve bem e escreve muito.
E eu leio, leio muito, e recomendo.

Sempre que leio algo que ele escreve, esboço algo para enviar...
Não lembro se já o havia feito: hoje fiz.
Sei não... mas, o Yúdice me pareceu tão 'largado', tão 'sozinho' e eu, aqui, cansada porém feliz (depois de uma formação continuada de professores na Unipac que contou com participação efetiva da maioria dos presentes), resolvi escrever.

Escrevi para ele, disse que também já me havia sentido 'com vontade de escrever para alguém'...
E, neste exato momento, sinto-me como quem acaba de lamber um selo.

Poxa, selecionei a dedo tantas opções de destinatários 'número um' para minha fase de 'cartas-de-verdade' e agora, dois anos depois de iniciado o projeto (hein?!), acabei escrevendo para um estranho, algo que não é carta e nem tem nome de (não foi sequer um e-mail, foi um comentário de post) e não tive o prazer de enviar via Correios.

Ainda assim, sinto que enviei minha primeira carta...
Vai entender o ser humano.

Agora, bem que o Yúdice - que também não me conhece! - poderia me escrever uma carta-de-verdade: Seria legal receber algo que não fosse boleto ou oferta de compras em minha caixa de Correios.
Vamos esperar os próximos dois anos, quem sabe...

Contextualizando: http://yudicerandol.blogspot.com/2011/07/voce-ja-teve-vontade-de-mandar-e-mails.html

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Egoísta.

Assumo.
Sou.

Lá 'invinha' eu (módiquê invim da casa da mamma, em Minas...) hoje.
Som ligado, vento no cabelo.
Não estava preocupada em chegar tão cedo à Vitória:
Minha irmã havia me presenteado com uma pérola: Live Era, do Guns.
Guns ao vivo!
Tá brincando?
Teria dirigido até Goiás!

Volume no 26, equalizador no Xplod para aproveitar ao máximo a voz 'esganiçada' do Axl e a guitarra perfeita do Slash...
Primeiro quebra-molas, casas ao longe: volume 10
Segundo quebra-molas, casas ao lado: volume 5.

E estou até agora tentando entender o porquê de não ter zerado o volume!

Explico:
Não é que eu não ache certo esse 'lance' de dividir...

Sabe, esse povo que sai por aí de porta-malas aberto, som 'torando', na intenção inegável de dividir com o mundo (quer o mundo queira ou não ser 'beneficiado' com) aquilo de que gosta???

Mas, eu não sei ser assim!
Eu sou egoísta!

Não quero dividir meu Guns, meu Nirvana e meu Metallica com ninguém.
Também não divido meus Beatles, ou meus 'bichos escrotos', ou aquele 'homem pra chamar de meu', quer seja Erasmo, quer seja Marina.
E, se for para rolar algum 'tipo de magia', que venha do Sr.Mercury só para mim...

Sou egoísta.
Assumo.

Sou até capaz de advogar a favor do egoísmo.
Não vai demorar nada, nada...
Só peço que pensem comigo:

- Funkeiro, Sertanejeiro ou Rockeiro (que seja!) ofertando sua música aos nossos ouvidos em altos decibéis;
- Mães/pais que não guardam as birras de seus filhos para si;
- Motoristas que, ao invés de ocuparem uma inteira, deixam meia vaga de cada lado;
- Pessoas que distribuem seu lixo nas ruas;
- Casais que compartilham brigas de relacionamento;
- Colegas de trabalho/escola que divulgam suas informações preciosas e exclusivas sobre a vida dos outros.

O mundo não seria um lugar melhor se as pessoas acima fossem egoístas?

- Cada um curtindo seu som, mas 'com alguma coisa em comum': o respeito pelo ouvido do outro...
- Mães e pais cuidando de seus filhos, ao invés de nos obrigar a 'engolir' os reflexos da má criação que deram a eles...
- Menos uma vaga (mal) ocupada naquele shopping ou rua que nunca tem vaga...
- Lixo na lixeira, ao invés de jogado sobre meu para-brisas ou sob nossos pés...
- Pessoas se resolvendo sem nos tomar a paz e o silêncio... e, finalmente,
- Menos fofoca!

Voto pelo egoísmo já!


E faço campanha: 
Seja egoísta você também...
..........
Quem já participa da campanha:
http://www.solitaria.com.br/2011/05/curta-seu-som-legal-use-fone-de-ouvido.html

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domingo, 24 de julho de 2011

Explodam a Rede Minas...

Uma gripe forte fez-me perceber que mãe é tudo!
Pai também.
Com mamma descobri que só um bom 'sorinho' de fubá fortalece.
(esqueçam aquele 'trem' de vitamina C do tipo Sonrisal)
Com papa descobri que cachaça também pode fazer bem.
(neste caso de agora mel, limão, sal e conhaque de alcatrão - ó, mas tem que ser de Alcatrão São João da Barra, pois Dreher não funciona!)
Vim para Minas fazer s.p.a: Soninho, Papá e Água, muita água para sarar a gripe.

Entre um e outro cochilo, acordo na Rede Minas: daí é difícil sarar a gripe porque a parte do 'soninho' fica comprometida.
Agora mesmo - entre um cochilo e outro - acabo de ver um documentário a respeito das mulheres cinematógrafas e de todo o caminho que tiveram de percorrer em seu trabalho.
Podem dizer que não me aguento um dia sem essas polêmicas quanto a gênero. E pode até ser.
Mas, a força daquelas mulheres é impressionante.
Resultado? Não dormi. Liguei o computador atrás do womembehindthecamera.org e lá vou eu colocar o tal site na minha lista de 'coisas que quero muito fazer antes de morrer mas que nunca tenho tempo de.'.

No intervalo entre os blocos, o infeliz do canal tem uma esquete (é assim que se chama o troço?) com as cidades de Minas: lá fico eu, presa, tentando descobrir o nome do cidadão que nasce naquela dita cidade antes que o próprio programa o faça: coisa de 5 segundos! Até meu filho passa pelo perrengue quando me pega no flagra, sofrendo...

Agora, acabei de descobrir que não posso voltar para Vitória hoje: Afinal, anunciaram uma entrevista com Mailson da Nóbrega a ser conduzida pela Marília Gabriela (minha 'í-da-la'!). Tenho que descobrir a data e a hora antes: Pronto. Sou escrava da Rede Minas.

Quer saber?
Da próxima vez que ficar doente e vier para a casa da mamma, vou desligar esse canal.
Se acordasse no Faustão já teria me matado.
Na Eliana, já teria tomado o rumo de casa.
No Gugu, já teria descoberto que ficar doente não está com nada!

Odeio a Rede Minas.
É impossível desejar ser normal diante deste canal.
Adoniram e Bethoven que o digam: o último Sintonia Fina que tive o azar de pegar, zapeando pelos canais, fez-me ficar parada em frente à TV até o final do programa.
Resultado? Atraso no 'embarque'.

Ontem pelas madrugadas, um filme chamado 'Submundo'...
Para agitar a vida, 'Provocações' do Abujamra...
Para incomodar, 'Brilhante'...

Vai entender...
Eu simplesmente não consigo desligar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vivendo um dia após o outro...

Muitas vezes só vemos o que é importante para nós... não por maldade, mas por não termos, obviamente, a visão dos olhos do outro.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A diferença entre o ônibus e o carro.

No dia de hoje eu percebi, claramente, a diferença entre usar ônibus e usar o carro.

Não, eu não vou falar sobre o trânsito caótico de Vitória, ou sobre os ônibus lotados, ou sobre a espera no ponto, ou sobre os novos terminais urbanos que - como os antigos - oferecem condições mínimas de conforto.

A diferença, pra mim, hoje, se resume ao fator humano:

Estava eu parada e quieta no meu canto (kkkkkkkkk), na fila do 527, no intuito (ou sonho) de chegar à UFES até às 13h30min., quando observei que a mochila da Pucca na menina que estava à minha frente não era nem vermelha, nem preta (!).

Foi o suficiente para eu entender que deveria partilhar minha constatação (?) com ela e para iniciarmos um longo bate-papo que se estendeu até que eu descesse na UFES, mas que teria durado até que ela descesse na Serra ou até que descessemos sei lá onde, se nossos trajetos perdurassem além.

Ela ficou escandalizada com o fato de eu não conhecer os melhores "points" de Campo Grande e convidou-me a sair com seus amigos hoje à noite. Disse que são muito pirados e que eu me encontraria no meio deles já que pareço tanto quanto (?).

Juro que, se não fosse o cansaço, eu iria. Mas, lá fora tá frio demais e minha caminha tá quentinha demais.
Depois que parei de beber e de andar com loucos psicóticos (kkkkkkkkk) tenho topado menos programas undergrounds do tipo "sentar pra beber e morrer de frio num barzinho de calçada"...

Mas, daqui a pouco, volto ao normal (?)...
kkkkkkkk

RESUMO DO DIA:
Cris feliz por ter chacoalhado no Transcol como preço de uma companhia tão agradável.
Viu? Se eu estivesse no meu carro teria, como contato humano, no máximo, um xingamento dirigido, de vidros fechados, ao motorista ao lado.
A vida é bela, mesmo que o 748 nunca esteja no horário!
kkkkkkkkk

sábado, 5 de junho de 2010

Cattleya



Cada uma das pessoas que passa pela minha vida, de uma ou de outra forma, me ensinam a enxergar, de uma ou de outra forma, belezas que antes eu não via.
A minha forma de agradecer a elas é mostrar que, mesmo que eu não as tenha visto ou mesmo reconhecido no momento em que passavam, ainda assim as belezas que deixaram mexeram, de uma ou de outra forma, com a minha vida. Para sempre.

[Foto: Miltonis spectabilis fotografada por Cris Mattos em 02jun2010 na reserva da Vale, próxima a Sooretama-ES, texto por Cris Mattos em 05jun2010, às 17h57min.]
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domingo, 30 de maio de 2010

Passaria

Ser Livre é Ter Asas
ou
Ser Livre é Ter Ilusão?


[texto e imagem por Cris Mattos em dom, 30mai2010, 19h59min] 
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Imagem



A poucos metros da minha estação de trabalho, a vida brota.
Em meio ao concreto, correria, grosserias, a vida brota.
Da minha janela vejo.
E o que vejo faz brotar esperança em mim.

[texto e imagem por Cris Mattos em sex, 28mai2010, 15h51min]

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domingo, 2 de maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Brunex também viaja na van do Marcão.


Hoje sequestrei meu filhote e o levei para o trabalho.
Tá certo que ele perdeu o segundo horário de aulas mas, ah, levei.
Bruno foi todo serelepe.
Feliz da vida para, finalmente, "conhecer os seus colegas de van".
Todos ficaram encantados com ele.
Pegamos dois engarrafamentos por causa dele (kkkkkkkkk, foi ele quem falou!).
Paramos no Casa Brasil, lugar onde Marcão jurou nunca mais parar, e Bruno, apaixonado pela Prof. Luziane, deu-lhe, no caixa, "R$1 de chocolate" e mandou-me pagar.
Folgado e carinhoso, como sempre.
Ele conseguiu "burlar" a segurança dos computadores da faculdade e ficou jogando na sala dos professores, enquanto eu torturava meus alunos com uma torturante avaliação suplementar.
Enquanto eu as corrigia ficou perguntando se eles haviam passado ou não...
Reclamou fome.
Comeu churrasquinho numa barraca de uma gatinha branca chamada "Chorona" (vai saber porque a dona colocou esse nome!).
Tomou refrigerante. Comprou um pirulito.
Ao retornarmos para a van parecia aceso, mas apagou tão logo a van entrou em movimento, enroladinho na manta que sempre levo para mim.
A cada vez que ele se mexia, eu ajustava a manta (que não parava no lugar) e ele, naquele frio que Marcão nos dá, me dava um sorriso leve, sonolento.
Morri de pena ao acordá-lo para botar no carro mas ele, macho que só, pulou da van a toda e viemos ouvindo Kurt Cobain até em casa.
O moleque ainda teve pique para encher a garrafa d'água e botar na geladeira!
Escovou os dentes, deu-me um beijo e foi mimir.
Sorrindo, sempre sorrindo.
Amanhã, ou melhor, hoje pela manhã, veremos Transformers2 que emprestou do Prof. Jefferson.
Já vi que minha lista de filmes assistidos agora vai se multiplicar.
Luziane me chamou a atenção por clássicos da animação que Bruno não viu e até mesmo por Star Wars.
Acusou-me publicamente de ser uma péssima mãe: "Onde já se viu o menino passar pela infância sem conhecer MEU Mestre Ioda?" (Peço desculpas aos fãs da série se escrevi o nome errado. Não faço mínima idéia de quem seja essa pessoa!!! rs...)
Bruno cansado e feliz. Cris cansada e lascada.
Isso é o que dá criarmos filhos para o mundo...