Não sou dada a modismos.
Não visto o que todos vestem, não ouço o que todos ouvem e, raramente, gosto das mesmas coisas de que gostam as multidões.
Enquanto todos falavam dos efeitos especiais de Matrix, eu via filmes da época de Quanto Mais Quente Melhor.
Superada a expectativa (?) consegui enxergar naquele filme coisa que poucos viram: Uma ode à Filosofia.
X-Men chegou aos cinemas cheio de pompa.
Meu filhote ficou louco.
Pulei o I, vi o II já depois de muito tempo. Fantástico.
Lembrar a mãe do 'rapazinho de gelo' perguntando se ele já tentou ser diferente é de arrepiar.
Mensagem bem passada: Quem, em sã consciência, optaria por ser 'diferente' em um mundo que prefere o padrão?!
Poucos leram.
Não tiro do extinto Ledger seu mérito*.
Mas, minha boa memória de infância não substitui aquela sensação.
Para mim, Coringa que é Coringa tem a cara do Jack Nicholson**.
É seco, sarcástico, doentio... e engraçado!
Em "Melhor é Impossível", que vi já adulta, o Coringa se desfaz para dar lugar a um sujeito 'pesquisável'.
Ri, senti raiva, chorei e amei aquele ser de um mundo todo particular.
Ontem, depois de muito esperar pelo momento certo, deparei-me com um sujeito bem apessoado, postura ereta, algo ansioso, mas muito simpático, diante da recepção de um luxuoso hotel.
Estranho. Jurei que aquela figura sabia - ou deveria saber - que pertencia àquele lugar.
E pertencia. Voltem e vejam, desde o início o intérprete nos permite perceber...
Jack Nicholson se desfaz - literalmente - em três: um homem que sonha escrever, um outro que se vê incapaz de fazê-lo e um terceiro que dispensa comentários.
Não li o livro, não havia lido sobre o filme, sequer vi trailler, portanto, não estava 'contaminada'.
Senti medo.
O filme todo, muito bem feito, deixou-me tranquila.
Não senti medo das menininhas, da mulher da banheira ou dos maltrapilhos hóspedes fantasmas.
O terceiro homem, entretanto, obrigou-me a iluminar*** (piadinha...rs.) toda a casa!
Jack Nicholson provoca mais que meus olhos.
Ele provoca todos os meus sentidos.
Fico horas voltando cenas para observá-lo em ação.
Para um ator que consegue passar o recado ainda quando as sombrancelhas traem o perfil de um senhorzinho que dirige um motorhome a fim de impedir o casamento da filha****, só tenho uma palavra: INSUPERÁVEL.
* Batman: O Cavaleiro das Trevas, 2008
** Batman, 1989.
*** O Iluminado, 1980.
**** As Confissões de Schmidt, 2002.
"...Choro por ele porque, todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens, eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza refletida”
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
A Tebaldi que agradeço a Renata
Incrível! Incrível! Incrível!
Não tenho outras palavras.
Esta a mim basta para descrever Tebaldi.
Explico:
Desde criança ouço falar sobre o bilionário Onassis que se havia casado com a doce Jackie Kennedy poucos anos após seu marido - presidente norte-americano de inesquecível fama - ter sido assassinado em carro aberto, ao seu lado.
Achando aquela figura um tanto pálida perto daquele grego encantador - como tudo que, para mim, vem da Grécia - acabei descobrindo a quem ela substituíra: Maria Callas.
Não nego que o amor que sempre me guiou aos instrumentos em Vivaldis, Beethovens, Bach, Mozarts e tantos outros nunca levou-me à ópera. Maria Callas era, para mim, uma diva tal qual tantas outras sobre as quais só ouvira falar. O poço sempre interessou-me mais que o palco. Fato.
Acontece que, num belo dia, uma bela Renata indicou-me ler a biografia de Callas como causa ou em consequência de eu ter-lhe indicado uma de Lidia Besouchet tratando de Dom Pedro II, personagem pelo qual - todos os meus próximos sabem - tenho verdadeira fascinação.
Preocupei-me mais em encontrar o livro sobre Dom Pedrito (olha a intimidade! rs...) para emprestar-lhe do que em buscar a aquisição do livro sobre Callas. Não precisou. Encontrei Callas em minha estante. Dom Pedrito não estava lá.
Relutei.
Assim como acredito que Michael Jackson morreu tarde demais e que Marilyn Monroe e James Dean morreram no tempo certo, penso que certos mitos devem ser mantidos.
Arianna Stassinopoulos Huffington, também grega, nem de longe 'puxa a farinha' para sua conterrânea, mas é impossível negar que quando escreve, reconhece a todo tempo que eterniza, em palavras, a história de vida de uma figura ímpar.
Demonstrando ciência quanto ao tamanho de sua responsabilidade, a autora passa longe de tomar partido a favor de Callas quando o assunto é a predileção de alguns musicófilos por Tebaldi. Mas, diante da descrição das críticas sofridas por Maria entremeio as estrondosas ovações - e o sofrimento que tais oscilações lhe causavam - difícil não se contagiar pelos callasistas e pensar em odiar sua "concorrente".
Ciente de que sou uma pessoa passional e que já estava me inclinando, corri a ouvir as duas...
E qual não foi minha surpresa:
Renata Tebaldi é simplesmente incrível.
Ouvi as mesmas árias, interpretadas por ambas, em períodos próximos, ao vivo e gravadas e, mesmo nada entendendo de ópera, devo dizer que Tebaldi é muito melhor como cantora por um simples fato para mim importantíssimo: fiquei boquiaberta, encantada, maravilhada, emocionada.
Maria Callas tem seus dons, óbvio reconhecer.
Uma presença ímpar, nos e fora dos palcos.
Uma história de vida inebriante, um ardor, um horror, um amor, uma dor sem descrição.
Não sei ver as apresentações do boi do Norte brasileiro sem assumir uma posição imediata: Caprichoso (apesar de amar a cor vermelha do boi contrário... rs...)
Ainda que não mais tenha paciência para samba enredo, sei que sou Mocidade Independente de Padre Miguel tanto quanto sou Flamenguista mesmo sem saber nome de nenhum dos jogadores atuais do time.
Não abro mão do padrão.
Callas tem uma força inenarrável. Reconheço.
Mas, esta Cristiane aqui é Tebaldista.
..............................
Para quem quiser ler: Huffington, Arianna Stassinopoulos. Maria Callas - A Mulher por Trás do Mito, Cia das Letras
Para quem quiser ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=sI9NFI_j350
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Não tenho outras palavras.
Esta a mim basta para descrever Tebaldi.
Explico:
Desde criança ouço falar sobre o bilionário Onassis que se havia casado com a doce Jackie Kennedy poucos anos após seu marido - presidente norte-americano de inesquecível fama - ter sido assassinado em carro aberto, ao seu lado.
Achando aquela figura um tanto pálida perto daquele grego encantador - como tudo que, para mim, vem da Grécia - acabei descobrindo a quem ela substituíra: Maria Callas.
Não nego que o amor que sempre me guiou aos instrumentos em Vivaldis, Beethovens, Bach, Mozarts e tantos outros nunca levou-me à ópera. Maria Callas era, para mim, uma diva tal qual tantas outras sobre as quais só ouvira falar. O poço sempre interessou-me mais que o palco. Fato.
Acontece que, num belo dia, uma bela Renata indicou-me ler a biografia de Callas como causa ou em consequência de eu ter-lhe indicado uma de Lidia Besouchet tratando de Dom Pedro II, personagem pelo qual - todos os meus próximos sabem - tenho verdadeira fascinação.
Preocupei-me mais em encontrar o livro sobre Dom Pedrito (olha a intimidade! rs...) para emprestar-lhe do que em buscar a aquisição do livro sobre Callas. Não precisou. Encontrei Callas em minha estante. Dom Pedrito não estava lá.
Relutei.
Assim como acredito que Michael Jackson morreu tarde demais e que Marilyn Monroe e James Dean morreram no tempo certo, penso que certos mitos devem ser mantidos.
Arianna Stassinopoulos Huffington, também grega, nem de longe 'puxa a farinha' para sua conterrânea, mas é impossível negar que quando escreve, reconhece a todo tempo que eterniza, em palavras, a história de vida de uma figura ímpar.
Demonstrando ciência quanto ao tamanho de sua responsabilidade, a autora passa longe de tomar partido a favor de Callas quando o assunto é a predileção de alguns musicófilos por Tebaldi. Mas, diante da descrição das críticas sofridas por Maria entremeio as estrondosas ovações - e o sofrimento que tais oscilações lhe causavam - difícil não se contagiar pelos callasistas e pensar em odiar sua "concorrente".
Ciente de que sou uma pessoa passional e que já estava me inclinando, corri a ouvir as duas...
E qual não foi minha surpresa:
Renata Tebaldi é simplesmente incrível.
Ouvi as mesmas árias, interpretadas por ambas, em períodos próximos, ao vivo e gravadas e, mesmo nada entendendo de ópera, devo dizer que Tebaldi é muito melhor como cantora por um simples fato para mim importantíssimo: fiquei boquiaberta, encantada, maravilhada, emocionada.
Maria Callas tem seus dons, óbvio reconhecer.
Uma presença ímpar, nos e fora dos palcos.
Uma história de vida inebriante, um ardor, um horror, um amor, uma dor sem descrição.
Não sei ver as apresentações do boi do Norte brasileiro sem assumir uma posição imediata: Caprichoso (apesar de amar a cor vermelha do boi contrário... rs...)
Ainda que não mais tenha paciência para samba enredo, sei que sou Mocidade Independente de Padre Miguel tanto quanto sou Flamenguista mesmo sem saber nome de nenhum dos jogadores atuais do time.
Não abro mão do padrão.
Callas tem uma força inenarrável. Reconheço.
Mas, esta Cristiane aqui é Tebaldista.
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Para quem quiser ler: Huffington, Arianna Stassinopoulos. Maria Callas - A Mulher por Trás do Mito, Cia das Letras
Para quem quiser ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=sI9NFI_j350
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domingo, 25 de setembro de 2011
Muitas flexões.
Vez em sempre ando por aí, pela nossa querida 'nete'...
Entretanto, nem sempre consigo tirar um tempinho para ler (e atentar para detalhes) de tudo o que cruza o caminho do meu mouse.
Hoje, um site me chamou... e lá fiquei... rs...
Ainda estou.
Para mim, que trabalho temáticas em Direito a partir das perspectivas de gênero, o post que indico tem tudo a ver: http://flexoeslesbicas.wordpress.com/2011/04/29/conceitos/
Mas, a 'bichinha' (a menina, viu? 'bichinha' está aqui representando o jeitinho cearense de falar...) tem talento!
Vale a pena ler outros posts dela: é de rolar de rir...
Muito, muito bom!
Recomendo.
EM TEMPO:
(o que quer dizer 'no dia seguinte'... rs...)
Segue outro post que trata de questões de gênero de forma tão criativa quanto o anterior:
http://flexoeslesbicas.wordpress.com/2011/03/12/indicativos-de-homossexualidade-na-infancia/
Ri muito! Este blog tá sendo o achado do final de semana... rs...
Vou escrever para a garota: Tenho que agradecer pela folga forçada... kkkkk.
Entretanto, nem sempre consigo tirar um tempinho para ler (e atentar para detalhes) de tudo o que cruza o caminho do meu mouse.
Hoje, um site me chamou... e lá fiquei... rs...
Ainda estou.
Para mim, que trabalho temáticas em Direito a partir das perspectivas de gênero, o post que indico tem tudo a ver: http://flexoeslesbicas.wordpress.com/2011/04/29/conceitos/
Mas, a 'bichinha' (a menina, viu? 'bichinha' está aqui representando o jeitinho cearense de falar...) tem talento!
Vale a pena ler outros posts dela: é de rolar de rir...
Muito, muito bom!
Recomendo.
EM TEMPO:
(o que quer dizer 'no dia seguinte'... rs...)
Segue outro post que trata de questões de gênero de forma tão criativa quanto o anterior:
http://flexoeslesbicas.wordpress.com/2011/03/12/indicativos-de-homossexualidade-na-infancia/
Ri muito! Este blog tá sendo o achado do final de semana... rs...
Vou escrever para a garota: Tenho que agradecer pela folga forçada... kkkkk.
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sábado, 30 de julho de 2011
PROVOCAÇÕES
Sou fã do programa, exibido pela RedeMinas.
Neste momento, em Aimorés, e após assistir ao de nº 525, acredito que o texto de encerramento de Aburamja seja o suficiente para fechar o dia:
http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/programas
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Neste momento, em Aimorés, e após assistir ao de nº 525, acredito que o texto de encerramento de Aburamja seja o suficiente para fechar o dia:
Há uma diferença muito grande entre saber e acreditar que se sabe.
Saber é ciência. Acreditar que se sabe é ignorância.
Mas, cuidado! Saber mal não é ciência. Saber mal pode ser muito pior que ignorar.
Na verdade, sabe-se somente quando se sabe pouco, pois com o saber, cresce a dúvida,
Que é preciso idolatrar sempre!
http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/programas
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